Dar um chute na bunda dos vigaristas

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No comunicado que fez, anunciando a ruptura com a matriz, a ala angolana da Igreja Universal do Reino de Deus desvenda duas situações particularmente graves para as quais as autoridades angolanas, nomeadamente a Procuradoria Geral da República não pode olhar com desprezo.

Num primeiro momento, os “rebeldes” revelam que “nos

últimos doze meses, a anterior e actual liderança brasileira por orientação do Bispo Edir Macedo tem forçado os Pastores solteiros e casados a submeterem-se a um procedimento cirúrgico de “esterilização”, tecnicamente conhecido como vasectomia”.

O país está diante de uma gravíssima acusação para a qual a PGR não olhar com menosprezo.  
 A vasectomia é um procedimento cirúrgico voluntário. A nenhuma igreja ou seita assiste o direito de impor esse procedimento aos seus membros. Por isso, impõe-se uma imediata intervenção da PGR para apurar se tal acusação tem consistência. Em tendo, os responsáveis brasileiros da IURD em Angola deveriam ser imediatamente detidos, julgados, condenados e seguidamente expulsos do nosso país.

Num outro momento, a ala angolana da IURD imputa a Edir Macedo seus apaniguados no Brasil o crime de evasão de divisas.

Num país sério, esse procedimento ilegal já deveria ser estancado. Há muito que se sabe que a IURD é uma lavandaria de dinheiro sujo. Edir Macedo não é o bilionário que é por obra e graça de nada.  É um vigarista que se alimenta do dinheiro colectado em países onde implantou igrejas. No caso de Angola, além dos dízimos colhidos nas igrejas, Edir Macedo é também alimentado pela sua rede de supermercados  Alimenta Angola.

Em Angola, a IURD teve sempre a “protecção” de alguns sectores do antigo regime. Tal é associado ao facto de muitos parentes próximos  do antigo Presidente da República haverem contraído matrimónio naquela igreja satânica. 

É por causa dessa protecção que a IURD saiu ilesa do desastre que causou na Cidadela Desportiva, em 2013, quando colocou naquele recinto seguidores que lotaram a sua capacidade. Até hoje não se conhece nenhuma decisão judicial condenatória dos responsáveis por aquela tragédia.

A crise agora aberta pelo ramo angolano da IURD proporciona às autoridades nacionais uma excelente oportunidade de livrar o país desses vigaristas brasileiros. Oportunidades como essa não se repetem muito. Por isso há que aproveitá-las.