O país não está ainda a explorar Nióbio, um metal raro de alta utilização comercial em dispositivos como o marca-passo (conhecida popularmente como pilha do coração), na fabricação de joias e na produção de fios de ímãs supercondutores empregados nas máquinas de ressonância magnética.
A revelação foi feita esta quarta-feira, 20, por Diamantino Azevedo, num “Matabicho Com a Media”, uma conversa informal que juntou representantes de diversos órgãos de comunicação social e o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, assim como responsáveis de distintos ramos do sector.
“Neste momento não há exploração de Nióbio no Namibe e nem em outra parte qualquer de Angola. O que está em curso são prospecções avançadas em Kilengues (Huíla), a cargo de um consórcio Cino-Angolano”, assegurou para depois acrescentar que “entre a prospecção e a produção ainda pode levar um tempo considerável”.
O ministro ressaltou os cinco contratos de investimentos para projectos de raiz, assinados com a Anglo-American, uma das maiores mineradoras do Mundo. De acordo com o governante, “a empresa fez um investimento apreciável para explorar metais básicos como cobre, níquel, zinco, chumbo e manganês, entre outros, em zonas [Moxico e Cunene] onde não havia qualquer tipo de infra-estruturas e até as estradas estão a construí-las”.
A demanda do mercado mundial sobre o nióbio é de 100 mil toneladas anuais. O Brasil é o maior produtor mundial do metal, contribuindo com cerca de 90% do total do fornecimento.