Angola jamais cortou a produção de petróleo por imposição da OPEP

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Angola nunca fez cortes na sua produção diária de barris de crude, segundo assegurou o ministro do pelouro, Diamantino Azevedo, num “Matabicho com a Media” ocorrido esta quarta-feira, 20, em Luanda.

“Até hoje Angola não fez nenhuma redução na produção de petróleo por imposição da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Nem agora nem no mandato anterior”, disse em resposta a uma pergunta sobre a importância de Angola pertencer ao cartel.

“Angola não tem atingido a quota que lhe está reservada. Temos tido dificuldades de alcançar o nosso tecto máximo, porque devido a crise no sector deixou de haver investimentos na exploração”, explicou Diamantino Azevedo para quem há vantagens negociais que só se conseguem no seio da OPEP, montraonde Angola pode promover o seu recurso.

“O Orçamento Geral do Estado para 2021 aponta para uma produção diária de 1.220.000 barris por dia (bpd), mas dificilmente lá chegaremos. A nossa melhor perspectiva é produzir em média 1.200.000 bpd, sendo a quota que nos está reservada pela OPEP de 1.277 bpd. Estamos aquém da nosso tecto de produção porque, por outro lado, há operadoras que não produzem”, justificou-se, sem, entretanto, nominar as petrolíferas que não extraem crude das concessões que possuem.

O ministro disse também ser meta do Governo que em cinco anos a operadora estatal, a Sonangol, detenha uma quota de 10% da produção do petróleo angolano. Neste momento a companhia produz em torno de 200 mil bpd.