Orgulho a mais e bom senso a menos

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O orgulho e capricho dos governantes não se podem sobrepor aos interesses dos cidadãos.

Embora prevista, a rescisão dos contratos que ligavam o Governo Provincial de Luanda a seis operadoras de limpeza foi precipitada, porque não preveniu o vazio. 

A ruptura  só deveria ter ocorrido depois de a nova equipa governante de Luanda haver estabelecido vínculos com outras operadoras ou, mesmo, renova-los com as mesmas entidades.

A equipa de Joana Lina não fez uma nem outra coisa. No último dia de Dezembro do ano passado, o GPL virou a página e deixou-se estar. Resultado: o lixo e as doenças que dele decorem directamente estão em festa.

A situação já se tornou insuportável.  Há que dar-lhe solução urgentíssima.

O Presidente da República autorizou uma despesa emergencial para o GPL contratar empresas de limpeza e saneamento para os 9 municípios que compõem Luanda. Sujeito a vários procedimentos burocráticos que incluem, entre outros, a aprovação do Tribunal de Contas, o concurso levará algum tempo até se materializar em iniciativas concretas.

Até lá, impõem-se saídas. 

Com bom senso e alguma humildade, o GPL pode chamar à mesa as operadoras com as quais rescindiu em Dezembro. É possível encontrar uma solução temporária.

Na semana passada, o Correio Angolense deu conta da disponibilidade de todas as operadoras em ajudar o GPL. Falta, apenas, que Joana Lina e sua equipa baixem um pouco a crista…

O orgulho, os interesses particulares ou os caprichos individuais dos novos governantes de Luanda não podem ser maiores que o Povo.

Em pessoas sensatas, o reconhecimento de falhas é o passo que precede a sua correcção. A governadora Joana Lina não ficará sem a cabeça se estender a mão à palmatória…

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