Angola ajuda nos lucros da petrolífera ENI

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Angola foi uma das principais contribuintes da produção global da petrolífera italiana ENI durante o segundo trimestre do corrente ano, segundo disse sexta-feira 30, o CEO da companhia, Claudio Descalzi.

“A produção global de 1,65 milhão de barris de petróleo por dia (MBOED, na sigla em inglês) está em linha com a orientação; a exploração descobriu mais de 300 MBOE globalmente, quase dois terços da nossa meta anual”, revelou o executivo durante a apresentação virtual dos resultados referentes ao citado período, segundo qual “os principais sucessos foram na Noruega, Angola, Indonésia e Gana”.

Sem quantificar o contributo de Angola no volume de produção e negócios da ENI, Claudio Descalzi adiantou que “a este respeito, confirmamos que o campo Cuica em Angola descoberto em Março, situado próximo do nosso FPSO (Unidade Flutuante de Armazenamento e Transferência de Petróleo) existente no Bloco 15/06, será ligado à produção nestes dias apenas quatro meses após a descoberta”.

“Estamos a fazer progredir a combinação de Negócios em Angola com a BP. Esta nova empresa representará um veículo operacional e financeiro totalmente autónomo. Permitirá um maior crescimento no país, captando ao mesmo tempo sinergias entre dois dos maiores operadores locais. O nosso objectivo é replicar o sucesso VAR (uma combinação de negócios realizada na Noruega) num país onde prevemos um grande potencial de exploração e desenvolvimento”, informou.

Um comunicado da ENI distribuído sexta-feira, 30 à comunicação social indica que a companhia “apresentou resultados excepcionais no segundo trimestre do ano, continuando a tendência de crescimento dos últimos três trimestres e superando as expectativas do mercado em todos os seus segmentos de negócios”.

O documento refere que com um cenário macro melhorado e fundamentos do mercado de energia, o Grupo relatou € 2.000 Milhões de EBIT (Lucros Antes dos Juros Tributados) e € 930Milhões de lucro líquido, um aumento de € 1.600 Milhões em comparação com o segundo trimestre de 2020. Em Angola a ENI opera cinco blocos, designadamente o 15/06 e o 1/14, assim como no Novo Consórcio de Gás (NGC). Nos próximos tempos vai igualmente operar o bloco 28, tendo participações nos blocos 0, 3/05, 3 / 05A, 14, 14 K/A-IMI, 15 e na fábrica de liquefação da Angola LNG. Recentemente, assinou um Memorando de Entendimento com a British Petoleum (BP) para a criação de uma empresa conjunta, com vista a impulsionar futuros desenvolvimentos de operações petrolíferas em Angola.