O Presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, lançou quinta-feira, 31 de Agosto, no seu país, um ambicioso plano a que designou “Brasil sem Fome”.
Trata-se de um programa governamental que visa eliminar a fome no país através da promoção de acesso à alimentação adequada e saudável.
O Brasil sem Fome propõe-se, também, a combater sem tréguas as desigualdades sociais e os impactos das mudanças climáticas nos sistemas alimentares.
No evento, Lula da Silva disse que a “construção de um Brasil sem fome vai além de garantir o acesso à comida, mas também envolve proporcionar condições de emprego e renda para a população” e enfatizou a necessidade de acabar com a fome real no país, garantindo que todos os trabalhadores tenham oportunidades de emprego e salários dignos.
Lula questionou por que um país tão rico em recursos como o Brasil tem 33 milhões de pessoas passando fome, ressaltando que o problema não é a falta de comida, mas sim a falta de recursos financeiros para acessá-la.
“A riqueza produzida neste país não é distribuída de maneira equitativa; alguns podem alimentar-se várias vezes ao dia, enquanto outros passam dias sem comida. Por isso, tenho uma obsessão em lutar contra a fome, fazer a economia crescer e gerar empregos de qualidade para as pessoas”, prometeu.
No mesmo dia em que o Presidente do Brasil confessava a sua obsessão por combater a fome que castiga o seu povo, há 7.546 km de distância o seu homólogo angolano enfiava-se num avião para ir ao Congo para junto do golpista que é Denis Sassou Nguessou condenarem “veementemente” a alteração política havida no Gabão e “apelado ao respeito pela integridade física de Sua Excelência Presidente Ali Bongo ODIMBA e de sua família, bem como das altas entidades das instituições do Estado”.
Ou seja, o Presidente angolano mais uma vez fez uso (abusivo) de recursos públicos para ir ao estrangeiro exprimir solidariedade a um “Caranguejo” que acabara de fraudar despudoramente as eleições no seu país e cujos ajudantes principais, entre eles o presidente do Senado e um dos filhos, se preparavam para esgueirar-se do país com malas e malas de dinheiro em espécie roubado aos cidadãos.
João Lourenço e Denis Sassou Nguessou ignoraram complemente as manifestações de jubilo do povo gabonês pelo fim da era Bongo naquele país.
Essa é a diferença entre uns povos e outros. Enquanto uns têm verdadeiros líderes que se identificam com os mais profundos anseios dos seus povos, outros têm à testa verdadeiros intrujões, que colocam os seus interesses privativos acima do de todos os outros.
É a isso que em kimbundu se chama “xidi” ou “windua”, o que no vernáculo oficial significa azar.
É desse “windua” de que falam os Ndengues do Kota Duro no hino nacional que é, sem discussão, a Mana Minga.
Há pouco menos de uma semana, quando esteve em Luanda, Lula falou da indignação que a fome lhe provoca.
Aparentemente, o “parente” que estava ao lado é indiferente às necessidade biológicas da populaça.