Mudança à vista na RNA

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Oito anos depois, o jornalista Pedro Cabral, 60 anos, pode estar de regresso à presidência do Conselho de Administração da Rádio Nacional de Angola.
Correio Angolense soube de boa fonte que Pedro Cabral é o nome que a nova direcção do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social propôs ao Presidente da República para restabelecer a normalidade na principal estação radiofónica pública.
Desde que mudou de comando, em Novembro de 2017, quando o Presidente da República nomeou Marcos António Quintino Lopes para presidir ao seu Conselho de Administração, a Rádio Nacional de Angola tem vivido recorrentes momentos de turbulência.
Em 2019, a Rádio Nacional de Angola esteve perto da primeira greve dos seus jornalistas em toda a sua história. Num caderno reivindicativo de 10 pontos, os jornalistas reclamavam, nomeadamente, aumento salarial e a reposição de regalias e direitos já adquiridos. A paralisação foi travada in extremis pelo Sindicato dos Jornalistas Angolanos.
“Bujão”, nome pelo qual é também conhecido o presidente do Conselho de Administração da RNA, é um peixe fora da água, razão por que o seu consulado é frequentemente marcado por tumultos com os jornalistas da casa.
Com Bujão, deverão ser também defenestrados Paula Simons, administradora executiva para a Área de Conteúdos, Fidel José Adão da Silva, administrador executivo para Administração e Finanças, e Cândido Gomes da Rocha Pinto, administrador executivo para a Área Técnica. Sob o comando do quarteto, a Rádio Nacional de Angola perdeu valiosos quadros como Amílcar Xavier, Mara D’Alva, António de Sousa, entre outros.
O regresso de Pedro Cabral ao comando da Rádio Nacional de Angola pode ser anunciado no decurso desta semana. Ele já presidiu a casa entre 2010 e 2012.