Fim da “farra”…

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A distribuição gratuita dos títulos das Edições Novembro, EP, em formato electrónico termina nos “próximos dias”, segundo disse ao Correio Angolense fonte desta empresa estatal de comunicação social.

De acordo com a fonte, a medida, tomada recentemente pelo Conselho de Administração da empresa e ratificada pelo ministro da tutela, visa rentabilizar os vários produtos da editora. “A distribuição gratuita de PDF dos mais diversos títulos das Edições Novembro levou ao abaixamento substancial das vendas dos jornais em formato físico, o que se reflecte nas receitas”, disse a fonte que preferiu o anonimato.

A fonte avançou que inicialmente a data apontada era o dia 25 do corrente mês, mas ainda estão em curso trabalhos de natureza técnica para concretizar a operação. “Para o efeito, estão a ser criadas soluções tecnológicas junto de empresas especializadas que vão proteger os jornais de possíveis reencaminhamentos a terceiros que não sejam assinantes e desse modo a empresa terá mais uma fonte de rendimento”, explicou o interlocutor do Correio Angolense.

Depois de concluída a operação, que não deve demorar mais de um mês, quem quiser aceder a qualquer título da empresa em formato electrónico só o fará por intermédio de assinatura.

Ainda segundo a fonte que vimos citando, nenhum trabalhador das Edições Novembro terá acesso aos PDFs dos jornais. Apenas um número ínfimo de funcionários da área de comercialização de produtos terá contacto com as publicações em formato electrónico.

As Edições Novembro, EP, são proprietárias dos títulos Jornal de Angola, Jornal dos Desportos, Cultura, Economia & Finanças, Metropolitano, Planalto Ventos do Sul e Angoleme.

A medida surge praticamente ao mesmo tempo em que o presidente do Conselho de Administração das Edições Novembro, EP, Drumond Jaime, procedeu a uma ampla movimentação de quadros na empresa. 

A distribuição grátis dos produtos das Edições Novembro, EP, obedeceu a uma estratégia da anterior administração. O objectivo era habituar o leitor ao contacto permanente com os diversos títulos, tornando-os “dependentes”, e depois partir para a comercialização, com o que projectava “construir” uma carteira considerável de clientes.